“Sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação
santa, um povo adquirido para Deus” (1Pd 2, 9)
“O discípulo
missionário de Jesus Cristo, necessariamente, vive sua fé em comunidade (cf.
1Pd 2,9-10), em ‘íntima união ou comunhão das pessoas entre si e delas com Deus
Trindade’. Sem vida em comunidade, não há como efetivamente viver a proposta
cristã. Comunidade implica convívio, vínculos profundos, afetividade,
interesses comuns, estabilidade e solidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas
dores. A comunidade eclesial acolhe, forma e transforma, envia em missão,
restaura, celebra, adverte e sustenta. Ao mesmo tempo em que hoje se constata
uma forte tendência ao individualismo, percebe-se igualmente a busca por vida comunitária.
Esta busca nos recorda como é importante a vida em fraternidade. Mostra também
que o Espírito Santo acompanha a humanidade suscitando, em meio às
transformações da história, a sede por união e solidariedade” (DGAE, n. 55).
A Igreja de Ribeirão Preto assume o compromisso de trabalhar
uma Pastoral de Conjunto e uma Pastoral Orgânica, criando uma verdadeira
interpastoralidade entre as diversas realidades eclesiais que a compõem. Não se
pode mais trabalhar sozinho: pensamentos egocêntricos precisam ser extirpados
de nosso meio.
Há necessidade de conversão pastoral. Reconhecemos que,
somente trabalhando e aprofundando a espiritualidade paroquial, o conhecimento
e a aproximação dos paroquianos entre si, cultivando os vínculos da caridade
(cf. Col 3,14) é que esta mentalidade individualista poderá ser superada.
Posturas egoístas precisam ser transformadas, a fim de que uma verdadeira
consciência comunitária possa ser formada e assumida.
Uma consciência comunitária esclarecida amplia os horizontes
missionários da Igreja e dela faz, constantemente, uma Igreja em saída, que se
preocupa com os menores em seu meio, voltando seu olhar, inclusive, para as
comunidades mais 12 carentes e necessitadas que formam o único Corpo de Cristo:
“A Paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande
plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e
a criatividade missionária do pastor e da comunidade (...). A Paróquia é
presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, crescimento
da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a
celebração” (Evangelii Gaudium, n.28).
Perspectivas de ação:
Diante das indicações
assumidas, várias são as perspectivas escolhidas pela Assembleia:
a) Criar o Conselho
Pastoral Paroquial (CPP) onde não existe e trabalhar a espiritualidade
paroquial: organicidade pastoral; interpastoralidade; trabalho em conjunto
(padres/povo – povo/povo); incrementar a comunicação entre as pastorais; tornar
os CPPs mais atuantes, possibilitando trocas de experiências e informações,
gerando comunhão entre os agentes de pastoral;
b) Pastoral da Cidade (adequar o atendimento paroquial à
cidade); sensibilizar a dimensão da acolhida despertando em toda a comunidade
paroquial o ideal evangélico de acolher a todos; mapeamento paroquial da
realidade; setorização das paróquias (rede de comunidades); planejamento de
pastoral paroquial;
c) Os Movimentos Apostólicos são convocados a se
comprometerem com a paróquia local (cf. DGAE, n. 105);
d) Sensibilizar para a experiência de paróquias-irmãs:
“Aexemplo das primeiras comunidades, é importante estimular a experiência da
partilha” (DGAE, n. 108);
e) Implantar a Pastoral Arquidiocesana do Dízimo, pois com o
Dízimo mais forte, as paróquias poderão concentrar as atividades nas áreas
pastorais, reduzindo a quantidade de eventos para a sua sustentação